A Justiça gaúcha concedeu mandado de prisão preventiva contra a presidente da Câmara Municipal, Edite Rodrigues Lisboa (PSB), conhecida como Cigana. A parlamentar é acusada de coagir eleitores em troca de votos no pleito do ano passado. Desde quarta-feira, a vereadora está “incomunicável”, conforme a assessoria dela.

A Mesa Diretora da Câmara Municipal não definiu se, em função do impasse, vai trocar o comando da Casa. Até o momento, nenhuma determinação da Justiça Eleitoral exigiu alteração nesse sentido.

Entenda o caso

Edite Rodrigues – PSB

A Justiça acolheu um pedido do Ministério Público e determinou a prisão de Cigana após ter recebido informações de que a parlamentar vinha, supostamente, tentando coagir testemunhas de um processo a que responde desde outubro do ano passado. A vereadora e a servidora pública municipal Rozelaine Pereira foram denunciadas pela prática de compra de votos em um prédio público.

Conforme denúncia, o crime ocorreu durante a disputa eleitoral, em setembro, na Unidade Básica de Saúde Padre Orestes.

Rozelaine, que era chefe da UBS, entregou santinhos da candidata a pacientes que recorriam ao atendimento médico. A entrega era acompanhada da promessa de atendimento preferencial em troca de apoio a Cigana.

Em cumprimento de mandado de busca e apreensão deferido pela Justiça Eleitoral, em 21 de setembro do ano passado, foram apreendidos 34 panfletos da candidatura na gaveta do balcão de atendimento do posto de saúde. Cigana se elegeu com 3.380 votos, a mais votada do pleito

O suplente de vereador, Claudio Giacomini (PSDB), assumiu a vaga da vereadora na Câmara.