O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, disse que a Corte eleitoral deve decidir até junho se adia ou não as eleições municipais deste ano e afirmou ser contra a unificação das eleições em 2022.

Em entrevista concedida ao UOL  (06/04), veja o vídeo abaixo, o Barroso – que assumirá a presidência do TSE em maio – disse que, se houver adiamento do pleito devido à pandemia do coronavírus, ele pretende remarcar a votação para dezembro, no máximo.

Conforme o ministro:

“A verdade é que estamos monitorando a evolução da doença. Não gostaria de adiar as eleições, acho que ainda não é preciso decidir isso neste momento, mas acho que não podemos fechar os olhos a esse risco. Imaginaria junho como sendo o momento em que nós temos que ter uma definição. O que eu sou radicalmente contra é o cancelamento das eleições e fazer todas coincidirem em 2022”.

Na entrevista, Barroso afirmou que o ideal seria adiar “por 1 prazo máximo de 2 meses” as eleições para evitar que mandatos sejam estendidos além do tempo concedido pelo voto popular.

Segundo o vice-presidente do TSE, unir as eleições municipais e nacionais em 2022 inviabilizaria o trabalho da Justiça Eleitoral, que teria de julgar, ao mesmo tempo, milhares de registros de candidatos a vereador, prefeito, deputado, senador e presidente.

“Nós estamos estimando 750 mil candidatos entre prefeitos e vereadores. Se você juntar isso a milhares de candidatos nas eleições nacionais vai criar 1 inferno gerencial nestas eleições.”

TSE cria Grupo de Trabalho para projetar impactos da pandemia do novo coronavírus na realização das Eleições 2020

Considerando a evolução do cenário causado pelo novo coronavírus, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, instituiu (06/04), um Grupo de Trabalho (GT) para projetar os impactos da pandemia nas atividades da Justiça Eleitoral vinculadas, especialmente, às Eleições Municipais de 2020. Os principais objetivos do grupo, criado por meio da Portaria TSE nº 242, são compilar dados e avaliar as condições materiais para a realização do pleito em outubro.

A Presidência do TSE receberá relatórios semanais sobre o andamento dos trabalhos.

Confira a íntegra da Portaria TSE nº 242.