Juiz aposentado de Minas Gerais acusado de matar a tiros a companheira dele, em Restinga Seca, foi condenado a 15 anos de prisão.
O juiz, que atuou no Tribunal de Justiça de Minas Gerais até 2010, confessou ter alvejado Madalena com quatro tiros na cabeça, nas costas e no peito. Mas diz que os disparos foram acidentais.
O crime aconteceu em 22 de julho de 2014, 54 dias depois de os dois efetivarem a união estável. O casal havia se conhecido um ano antes pela internet.
Segundo familiares, Eclache proibiu a mulher de manter a rede social que tinha e restringiu as saídas e encontros com amigos de Madalena.
Depois de cometer o crime, tentou fugir para Minas Gerais de carro, mas acabou saindo de pista no município de Osório, onde foi detido pela polícia. Eclache está preso no Grupamento de Operações Especiais, na em Porto Alegre.
Eclache foi condenado por homicídio qualificado, por motivo torpe. Segundo a denúncia do Ministério Público, o juiz tinha ciúme doentio de Madalena.
O julgamento de Francisco Eclache Filho ocorreu no Salão do Júri do Foro, durou quase 12 horas, e o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri acolheu a tese de acusação do Ministério Público, considerando o réu culpado pelo homicídio de Madalena Dotto Nogara.
A pena estipulada deverá ser cumprida em regime fechado, sem possibilidade de recorrer da decisão em liberdade. O réu deverá permanecer preso junto ao Grupamento de Operações Especiais da Polícia Civil até a condenação tornar-se definitiva;
A Defesa do réu recorreu da decisão. O recurso será analisado no TJRS.
Com TJRS