Num país onde 60% dos homens dizem que foliãs sozinhas não podem reclamar de assédio, para combater o machismo e abordagens desrespeitosas que ultrapassam o limite da paquera, coletivos de mulheres lançaram campanhas contra o assédio no carnaval.

A revista Azmina lançaram um guia didático das diferenças entre paquera e assédio e, com o mote “Uma Mina Ajuda a Outra”, a campanha Carnaval Sem Assédio também lançou a marchinha Se Você Quiser:

“Se você diz não/ Eu sei que é não/ (ô se é não)
E que só é sim/ Se assim você disser
Não importa o que é/ que você vai vestir
Eu não vou te tocar/ Sem você consentir”

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Apito do Respeito

Também para combater o assédio, três amigas que pulavam o carnaval de 2016 em São Luiz do Paraitinga, no interior de São Paulo, criaram a campanha Apitos do Respeito. “O apito é uma forma de inibir. Como a gente viu no ano passado, funciona. O cara vem pôr a mão, você apita, ele assusta e sai”, explica Mariana Gabus.

“Infelizmente a gente ainda precisa falar para os homens que pôr a mão sem ser convidado não é legal, puxar o cabelo não é legal, forçar o beijo não é legal. Paquerar é uma delícia, quando as duas pessoas querem. Quando uma não quer, é assédio”, completa.

Com AzMina e RBA